sexta-feira, 6 de março de 2009

Pedofilia no Pará

A sensação de insegurança, marcante expressão cunhada pelas autoridades de nossa localidade, agora aflige a sociedade paraense na forma de uma nova febre comportamental, na forma do comportamento degenerado de atração sexual por crianças - em termos técnicos - pedofilia.

Interessante que por estas paragens este comportamento somente tenha ganho o "status" de crime contra a humanidade depois que a imprensa nacional do Brasil

-> lembrem-se que estamos na Amazônia, que segundo mito faz fronteira com o Brasil <-

tornou pública a cultura dos varões tomarem para si crianças desprotegidas - a dita "situação de risco"

Observem que agora nomes da "alta sociedade" são apontados como protagonistas únicos de toda a desgraça que abateu-se sobre aquelas, e sabe-se lá quantas mais, crianças hora envolvidas, e neste ponto suscitam-se perguntas:

- O serviciamento de crianças e adolescentes somente passou a ser crime a alguns meses atrás?

- O código penal e legislação complementar somente passaram a vigorar em terras paraenses a alguns meses atrás?

- As autoridades policiais e judiciárias - e claro - a SOCIEDADE brasileira, somente passaram a identificar e reconhecer este comportamento como crime - irreparável - apenas a alguns meses atrás?

O fato, dentre tantos outros quanto a mente nos permita, é que a SOCIEDADE paraense ainda tem muito da lógica separatista entre as classes sociais, realimentada a cada geração das classes média e alta pela culturas das "pequenas", que não raro, atuam como escravas do lar - um instrumento a ser usado.

Nesta linha, surge um nexo, pois é notório que destas classes advém boa parte das pessoas que ocupam cargos públicos nas esferas política, policial, judiciária e tantos outras que compõem a dita sociedade.

Portanto, atrevemo-nos a tecer uma hipótese improvável: de que a sistemática omissão do poder público é pois resultado direto da conveniência do poder social das classes direta e indiretamente beneficiadas com o sistemático e perene ciclo econômico-social de pobreza gerando pobreza, ambas cuidando, servindo e alimentando a riqueza de nossa sociedade.

A questão central, se alguém efetivamente quiser controlar, de forma eficaz e duradoura, a epidemia de pedófilos ensandecidos, seria então:
- A quebra do ciclo da pobreza que condena,
- juntamente com o provimento de maciça educação formal, que liberta, e de condições para o desenvolvimento econômico, que sustenta,

Sem este tripé, é certo que crianças e adolescentes continuarão a ser fartamente disponibilizados, para o conforto - e o deleite - sociedade, e frize-se, como um todo, em todas as direções, regiões, andares e lugares.

Óbvio que não podemos pensar que a pedofilia será finalizada, visto que alguns dizem tratar-se de um comportamento de origem psicológica - degenerado a meu ver - nestes casos, nossa legislação talvez precise de uma atualização, que, infelizmente, somente será possível após profunda mudança na cultura predominante no Brasil, onde todos os valores, indiscriminadamente, são válidos, atravancando a aplicação de medidas efetivas na retirada de pessoas degeneradas da convivência social.

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