quinta-feira, 19 de março de 2009

Setor produtivo paraense em crise

Tenho ouvido alardeamemte que a crise, antes marolhinha, agora vagalhão, chegou com força nas paragens paraenses, arriscando o setor produtivo deste Estado.

Sinceramente, não entendi!!!!

Dia desses perguntei pela produção de algumas peças em borracha, e não achei quem o fizesse, emtão tive que encarnar o "artezão velho" e construir a bendita peça.

Em vista do ocorrido, resolvi lançar-me em uma busca arqueológico-econômico-social (UFA!!!) e descobri que quase nada que seja beneficiado, na mais simples acepção possível, pode ser encontrado a venda no comércio paraense.

Para não ser tão radical, vamos considerar o boi desmontado, o peixe pescado e a farinha como produtos industriais, e claro, o cimento nosso de cada dia, vindo de nosso nordeste salinesco.

Então estava quase depressivo quando vi uma propaganda institucional de nosso glorioso Governo Estadual, ressaltando a produção mineral da Vale, hora cacete!!!

É claro como minério, as montanhas embarcadas a cada minuto para serem exportadas são um produto beneficiado!!!!

Os óxidos, fosfatos, e outros tantos atos de ferro, manganês, alumínio, cádmio, ouro, platina, etc e tal, são já produtos beneficiados, que chegarão à gloria transcedental quando, em outros países, forem transformados em computadores, carros, máquinas, medicamentos (yés, medicines too...) que, como a histórica história nos provou por A+B dando C (de caralh....) que continua-se como provedor de matéria prima, ôpa, perdão, de produtos beneficiados primários, e nesta esteira, nossas gerações de bravos brasileiros continuam a ter instrução de técnicos, mestres e doutores em assuntos diversos, enquanto que, nos países de destino dos minérios, os nativos serão técnicos, mestres e doutores voltados para a produção de bens de consumo final, o que, para os desavisados, reflete-se diretamente tanto no número de postos de trabalho quanto na remuneração e qualidade de vida daquela população.

Sei que o cenário supra descrito não é tão serene de limpo quando uma rápida leitura possa aparentar, mas o fato factual e verdadeiro, é que nossa população continua aumentando e empobrecendo, a cada novo lote de almas, devidamente paridas, nas maternidades públicas de nossas privilegiadas terras.

Me perdoem o arroubo patriótico, e voltando ao foco, fato é que não me convenci de que haja crise no setor produtivo, talvez haja no setor extrativo, devastativo (das florestas e rios), explorativo (da sempre crescente massa humana).

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